21.5.10

[Fwd: Mônica Mattos is now following you on Twitter!]

Ontem eu tava cansadão em casa. Era o começo da noite. Assistia o Paulista, via o Palmeiras empatar ou perder, de novo. E de novo. E de novo. Já tava na terceira breja.

A patroa chega do trabalho. E junto com ela, uma entidade. Vestida com uma tunica roxa da cabeça aos pés, conseguia visualizar, apenas, um corpo muito curvilíneo. Daqueles que , sem muito esforço, atiça a imaginação masculina (e algumas femininas). Pelo fino tecido sedoso, percebi seios fartos, entumecidos e sem nenhum suporte do tipo "sutiã".

Minha esposa pergunta se eu me lembrava que dia era aquele. Obviamente, era dia da 16ª rodada do Paulistão...

Não. Errei. Era nosso aniversário de casamento.

Apesar da mancada, ela não esboçou tristeza. Pelo contrário, tinha um sorriso malicioso estampado em sua cara.

Ela disse: é hoje.

Eu pensei: é hoje!?!

Ela disse: não, você não entendeu, é hoje.

Eu não tinha opção. Pobre eu.

As duas começaram a me beijar fervorosamente. Do nada, a lareira acende, copos cheios do melhor vinho do mundo se materializam em nossas mãos trêmulas de pecado. Meu cachorro, que não late, começa a uivar.

Sou arremessado no sofá por essas duas deusas do sexo. Racho a cabeça no vidro da mesa de centro e preciso ser levado pro hospital.

Não, brincadeira, só um anticlímax...

O sofá de couro não absorve meu suor que, aquela hora, já era manufaturado em profusão pelas minhas glândulas abertas a todo tipo de prazer. Minhas costas estão grudadas. Elas, diabas do tesão, percebem que não posso me defender e pulam em cima de mim. O sofá custou caro pra caralho, será que a estrutura suporta a nossa brincadeira? Elas vão quebrar minha costela? Perguntas estúpidas que seriam contempladas por um advogado, mas não por mim.

Toda libido que circulava pelo corpo começa a se acumular em minhas extremidades. Tchau, mundo real. Oi, Planeta Hedonismo.

Agora percebo que a Entidade usa uma máscara. Agora percebo, também, que não uso mais uma camiseta, ela rasgou como se fosse papel higiênico. Olho pra minha pança, devia ter tomado só uma breja...

Elas parecem não se importar com meu gelatinoso físico.

Agora é a vez da dona da casa arrancar toda sua roupa. Por baixo, vestia uma lingerie(?) de couro com zíperes em lugares inimagináveis.

A Entidade arranca a máscara. É uma morena muito bonita. A tunica se desintegra. Sério, acho que ela jogou na lareira. Onde foi parar aquela merda???

Quem se importa???

Minha esposa me chicoteia levemente com um aparato de camurça. A Entidade, toda nua, se vira de costas e começa a se friccionar nas minhas partes pudentas. O jeans fica apertado. Que medo, nunca é bom ter muito tesão, jeans e nenhuma cueca. O zíper pode virar uma guilhotina.

Foi aí que percebi: aquela marca de biquini, as tatuagens, o cabelo...Era a Monica Mattos. Como não se lembrar do "Brasileirinhas - 1ª Experiência Bi"!?!

Gritei: Monica Mattos! Monica Mattos! Sua gostosa do Cramulhão, você é a Monica Mattos!!!

Foi o apocalipse. A cara das duas se fechou. A sala ficou sufocante. O céu e sua escuridão noturna ganhou tons avermelhados. Sentia meu rosto queimar.

MM se virou pra minha esposa e disse: que imbecil, agora vai ter que dar o futrex pro jumento. Não tinha percebido, mas, do outro lado da rua, tava estacionado um estábulo móvel. Mô foi até ele e descarregou o jumento mais bem servido da história humana.

Enquanto isso meu amor me explicou: fiz uma aposta com ela, se você não acertasse quem era, nós transaríamos a noite toda, de todos os jeitos, até um de nós 3 morrer desidratado. Seria uma prova de amor, entende? Uma prova que você não fica se acabando nos filmes pornôs.

Agora, pra tudo isso acontecer, eu teria que ser sodomizado pelo Tinho (de Jumentinho, apelido irônico dado ao tripé fedorento).

Escrevo esse texto do meu notebook no hospital, de onde acabo de sair de uma cirurgia de reconstrução intestinal e de outra de reposição dermatológica peniana...

Além disso, graças a internet wifi, acabei de perceber que a Monica Mattos é um dos meus 3 followers no Twitter...