6.6.07

Janela Aberta

Venha ver, eu abri a janela.

Tinha que deixar um pouco de Sol entrar. O musgo subia pelos calcanhares e o mofo comia minha vontade de viver.

Venham ver minha bizarrice em todo seu escuro esplendor.

Desfilem na minha janela suas bocas cheias de dentes perfeitamente brancos, seus peitorais cheios de esteróides, suas faculdades penduradas no pescoço como grandes melancias sem sabor, deixa eu ouvir o eco que existe entre suas orelhas.

Me ameace com sua força artificial. Você é um deus misógino do sexo.

Desfilem na minha janela suas bocas botocadas, seus peitos siliconados batendo em descompasso porque acabou teu estoque de ansiolítico, me mostre todo o seu conhecimento enciclopédico sobre qualquer merda que passa na TV, esfregue na minha cara seu cartão de crédito sem limite.

Me ameace com seu grelo de 15 centímetros. Você é uma deusa misândrica do sexo.

Agora sai da frente.

Deixa eu ver um pouco além do horizonte. Deixa eu ver a Lua devorando o Sol. Deixa meu sangue gelar só de imaginar mais uma vez o que é viver sem luz.

Deixa eu pensar na natureza-morta que nossas sementes podres vão germinar. Deixa eu pensar em como esse brotos cancerosos vão metastasear pela Terra.

Bebam todo o sangue que pulsa em nosso planeta enquanto é tempo. Nós somos os vampiros.

Nós sempre fomos e sempre seremos os vampiros.

1 Comments:

At 9:07 PM, Anonymous Anônimo said...

curt a valer o texto. é teu, puta??

ass; toro

 

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